Quero mudar de curso: como a UCPel pode ajudar você ao longo desse processo?

Você entra na faculdade e sua família, amigos e toda sua vizinhança comemoram juntos. Daí um dia… OPS… Acho que não era bem isso! Você percebe que não está se sentindo completo no curso que escolheu.

Além da sua própria frustração, talvez você tenha que lidar com a expectativa gerada por quem está a sua volta. Daí vem uma série de perguntas que nem você mesmo sabe responder. A única coisa clara é que aquela não é a profissão que vai te fazer feliz.

Essa mudança não estava nos planos do estudante Vânio Fonseca, e ele sabe bem como é passar por isso. Depois de já ter cursado boa parte do curso de Administração, ele começou a perceber que se sentia desmotivado, como se estivesse no lugar errado. Foi durante uma aula, na disciplina de Psicologia Aplicada à Administração, que ele descobriu a real vocação.

A primeira conversa sobre seus novos planos foi com a família, que deu todo o apoio. Contudo, não faltaram opiniões contrárias dizendo que ele seria louco em desperdiçar o tempo e o dinheiro que já tinha investido na outra faculdade.

“Essa é uma decisão difícil, principalmente se você já passou dos 30 anos. Não faltaram pessoas que me disseram que era louco por desperdiçar tempo e dinheiro abandonando o curso que estava fazendo. Foi então que um grande colega de trabalho me aconselhou a não olhar para trás porque eu poderia construir a minha felicidade a partir daquele momento”.

A rotina não é fácil. Foram mais alguns anos dividindo o tempo entre o trabalho como instrutor em um Centro de Formação de Condutores e os afazeres das aulas do curso de Psicologia. Aos 43 anos ele está no oitavo semestre, se preparando para o TCC e para a formatura que será realizada em 2018.

“Antes era como se estivesse vendo o mundo por uma janelinha. Agora eu tenho certeza de que encontrei o meu caminho”.

Sobre os planos para o futuro, ele prefere falar apenas no Trabalho de Conclusão de Curso, que será desenvolvido com temas referentes à Psicologia do Trânsito.

Será que tem algo errado comigo?

A vontade de trocar de curso pode pegar você de surpresa, mas antes de entrar em pânico, é preciso buscar ajuda. Afinal, você precisa estar feliz no que estiver fazendo e não há nada de errado nisso.

A UCPel oferece um serviço de orientação aos estudantes que estão enfrentando essa dúvida através do Núcleo de Apoio ao Estudante (NAE). De acordo com a  professora e psicóloga, Rosane Feijó, geralmente são propostos 10 encontros com cerca de 40 minutos cada. A intenção é justamente mostrar ao estudante alguns instrumentos de autoconhecimento, aptidão e habilidade para que ele possa buscar uma profissão com a qual se identifique.

“O importante é que o aluno esteja feliz, pois essa pode ser a profissão que ele vai exercer por toda a vida. A troca é sempre válida se você sentir que poderá se tornar um profissional frustrado”, explica a psicóloga.

Na maioria das vezes, a troca de curso é feita dentro da própria Universidade.

Como ler os sinais de que algo não está ok?

Rosane explica que um bom termômetro para saber se está no curso certo é observar como você se sente em disciplinas mais específicas. Às vezes, o início das aulas pode ser mais teórico, mas você precisa ter afinidade com aquelas que discutem a rotina da sua profissão.

Outro ponto importante é observar que mesmo amando a profissão, você dificilmente vai amar 100% das disciplinas. E está tudo ok com isso.  Nem todos os alunos de Jornalismo querem seguir fazendo TV. Nem todos os médicos vão querer se especializar em Pediatria.

Quer mais algumas dicas?

• Comece, assim que possível, a sua experiência com estágios, mesmo que voluntários, dentro da área. Essa prática traz uma oportunidade de viver a rotina da sua profissão.

• Conheça diferentes realidades e entre em contato com áreas mais recentes dentro do seu curso. Muitas profissões estão passando por reformulações graças às novas exigências do mercado. Explore outras possibilidades antes de desistir.

• Decidir pela troca de curso não é fácil e contar para a sua família sobre essa decisão pode ser outro capítulo um pouco complicado. Converse e explique as suas motivações. No entanto, a decisão precisa ser sua.

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